na areia
fria
meu peito ardia
não era noite nem dia
e ao mar se ia
e se sentia
em toda onda toda água não se cabia
doía
na areia fria a ausente poesia
e chovia
era tumulto e não calmaria
era convulsa a não-alegria
doía
por todo o sal, doía
na areia fria
tanto que calaria
este quanto que pouco a pouco morria
feito em melancolia
vontade, cegueira, maré vazia
na areia
que ardia
a fria
poesia…
2009, junho 10, quarta-feira às 18:30
adorei.
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