exceção [este texto é uma…]. talvez porque o povo voltou de suas viagens e todos estão cheios de novidades: são as dores e os humores d’outros de outros lugares e o povo que vai morrendo e parece que o mundo ali fora segue seu curso e eu cá – aparentemente ilhado neste tempo parado, neste descanso passageiro – apenas observo a paisagem… dou um tempo. eu-recolhido-caracol…
relato – coisas importantes deste janeiro… plantei dois pés de garapuvu – não recordo o dia… a memória anda fraca. estou a ler coisas anarquistas, soviéticas e poéticas. mia couto também está a ser lido…
a última semana foi feita de estar mais só, nas minhas obras e escavações, leituras e solidão pacífica. na semana anterior foi um correr atrás de exames e documentos… ver gentes e esperar… esse meu janeiro passou assim, cheio de preparativos para o devir, desta semana agora. 29 é dia de exame médico na perícia médica do estado. é dia chave. ansioso estou.
mas isto não foi o estarte para este texto curto. é que de tempos em tempos eu faço umas releituras do passado disto cá… (janeiro de 2013, 2012, 2011, 2010… ) porque o tempo voa… porque os pés de ipês estão maiores do que eu já… porque os garapuvus estão crescendo… porque a família está morrendo… porque as crianças já estão grandes… e a minha barba deste tamanho. porque eu estou dando um tempo. e preciso anotar cá esta sensação, neste futuro diálogo – comigo mesmo lá na frente, noutro tempo, noutro lugar.
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